Passadas algumas horas da cirurgia (que para mim pareceram intermináveis), a enfermeira veio me ajudar a levantar da cama para tomar um banho.
Eu tenho que ser sincera e dizer que até então estava tudo bem...até o momento em que eu levantei da cama.
Acho que minha pressão baixou, fiquei impressionada achando que os pontos da cesárea iam abrir e eu ia cair no chão dividida em dois pedaços, sei lá o que aconteceu, mas foi uma sensação muito ruim e aflitiva. Do banho então, eu nem me lembro.
Mas de uma coisa eu me lembro bem: pensava que tinha que me sentir melhor logo para subir na UTI e finalmente ver minha Manu.
Passado o susto, pedi uma cadeira de rodas e uma enfermeira me levou à UTI Neonatal.
Numa sala fria, no final de um corredo comprido, estava minha filhinha. Ela era muito pequenininha e magrinha, não tinha as unhas formadas ainda, nem cabelos, nem sobrancelhas. Estava dentro de uma encubadora e eu tive que desinfetar as mãos com álcool antes de tocá-la.
Definitivamente não foi a melhor experiência da minha vida. Apesar de saber que ia ficar tudo bem, estava triste por vê-la ali. Queria minha bebezinha perto de mim o tempo todo, queria abraçá-la e beijá-la, queria que nada daquilo estivesse acontecendo. Mas eu, com todo meu amor e boa vontade, não era suficiente para assegurar a saúde dela naquele momento. E tive que me contentar em somente visitá-la algumas vezes durante dos cinco dias em que permaneceu ali.
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