O primeiro dia após uma operação é muito esquisito. Não vou mentir. A gente fica meio dopada de tantos remédios, nossos hormônios ficam alterados, nosso corpo fica estranho (o meu, então, vixi! Só quem passa por isso sabe. Mas ainda bem que isso passa também, e rapidinho).
Apesar disso, continuava sem sentir dor nenhuma e estava felicíssima porque tudo estava bem com todo mundo (eu me apegava no que tinha ouvido na sala de cirurgia: apesar do baixo peso, a Manu está perfeita)...
O Patrick veio para o quarto, recebeu visitas, tirou milhões de fotografias (teve enfermeira que até disse que ele fez o maior sucesso no berçário...rsss), foi amamentado, abraçado, beijado, enfim, coisas normais para quem acaba de chegar ao mundo trazendo muita felicidade para todos.
Entretanto, eu tinha um sentimento estranho, como se minha felicidade estivesse pela metade. Minha ansiedade em ver a Manu era muito grande. Sentia que ela precisava de mim e ficava pensando o que deveria estar acontecendo com ela, sozinha, lá na UTI.
Mas eu nem podia levantar da cama ainda. Naquela hora eu tinha que viver ao máximo a minha meia felicidade e crer que tudo ia dar certo, sem duvidar disso.
Eu fazia a minha parte e ia vivendo um minuto de cada vez, cuidando de mim, do Patrick, curtindo aquele momento com meu marido, recebendo as pessoas, pensando e agindo muito positivamente.
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