quarta-feira, 27 de junho de 2012

Coragem...

Uma vez ouvi a seguinte frase: "Deus me considera uma pessoa muito especial e confia muito em mim porque Ele me deu um casal de filhos gêmeos". É realmente uma frase de impacto, uma frase boa para se ouvir na hora da loucura total em casa. Naquela hora que você já respirou, já meditou, já contou até 45.500 e ainda não está calma... Se temos dois, três, quatro filhos de uma vez é porque Deus nos considera pessoas capazes de dar conta (às vezes eu é que não tenho certeza disso). Mas é mesmo nessa hora que a gente tem que se sentir especial. Porque se é assim é porque É ASSIM. E desse jeito é o certo, então temos que fazer funcionar - e da melhor forma pra todo mundo, senão não vale. Ontem ouvi outra frase que me fez rir muito: "mãe sempre joga coisas na gente quando não prestamos atenção no que ela fala". Eu fico doida quando meus filhos não olham ou não prestam atenção em mim enquanto eu falo (será que vou começar a jogar coisas neles? Não, não vou, mas que dá vontade dá, confessa). Nem santa, nem louca, mas mais pra louca do que pra santa nós, mães, vamos seguindo, ainda que capengando, nessa jornada maluca que é a maternidade, que chega na nossa vida para nos ensinar muita coisa e, principalmente, para nos tornar pessoas melhores. É assim que é e pronto... Uma boa tarde pra nós, mães, com bastante paciência, amor e coragem...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Mães que produzem - parte II

É biblico: peça e será atendido, bata na porta e ela se abrirá! Tem dias que só rezando... Aliás, é rezando que se chega lá. Ou para quem não reza: é pensando positivo, pedindo ajuda ao universo, tendo sorte, sei lá. Cada um com sua crença, que dá certo dá. Num dia desses eu precisava ir na rua 25 de março comprar as lembrancinhas do aniversário das crianças (que inclusive já estava mais que atrasada) e só de pensar em fazer isso e perder um dia inteirinho no trânsito indo e voltando de lá eu tinha arrepios. Mas tinha de ser feito e assim aconteceu...Naquele dia eu fiquei com as crianças de manhã, dei banho, almoço, uniforme, escola, passei na lavanderia e peguei o caminho da "roça" para a rua 25 de março. Quando me dei conta estava indo para o centro da cidade às duas horas da tarde. De repente passou pela minha cabeça o tamanho do trânsito que eu corria o risco de pegar na volta. Mas afastei o pensamento e segui "cantando". Bom, amigos, o caso é que eu consegui comprar tudo (numa loja só, claro) em 1 hora e voltei "feliz" em - acreditem - 15 minutos! Ainda consegui encaixar uma manicure e uma depilação no meio do caminho, peguei as crianças na escola e consegui chegar a tempo para o grupo de oração da quarta-feira. Depois de ter "escapado" dessa, só rezando e agradecendo mesmo. E você, pede ajuda aos "céus" para dar conta de fazer tudo, de vez em quando?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O que faz você feliz?

Algumas mulheres (ou quase todas), quando viram mães, têm a tendência de fazer tudo pelos filhos (e pelo marido, quando são casadas, ou pelos cachorros, sogra, mãe, etc) e acabam esquecendo de si mesmas. Isso todo mundo já sabe, já percebeu, ou passou por uma situação semelhante. Parece clichê mas é a pura verdade. Esquecer na verdade eu acho que elas não esquecem, mas se colocam em último lugar na lista de prioridades e, como o dia tem só 24 horas, acabam ficando sem tempo para elas mesmas. Na maioria das vezes isso é até um prazer, é inerente a elas cuidar dos outros e se isso é uma missão, que bom! Em outros casos a mulher age assim porque não tem com quem contar, mas continua fazendo com prazer e com o coração, apesar das reclamações. Mãe é assim, eu me lembro da minha avó, da minha mãe e agora eu faço também. Reclamo mas prefiro fazer eu mesma. É prazeroso "ter" que dar o banho, "ter" que dar o almoço, "ter" que escovar os dentinhos, "ter" que ir no supermercado abastecer a geladeira com comidinhas saudáveis que vão fazê-los crescer fortes...mãe é assim. O problema é que a chance de irmos ficando para trás, esquecendo de quem realmente somos (ou fomos um dia) vai aumentando proporcionalmente. E quem realmente somos? Do que realmente gostamos? O que fazemos por prazer, por nós mesmas? Não é pecado ter prazer longe dos filhos. Não é pecado querer - e ficar - longe deles (e dos maridos, da sogra e do cachorro) um fim de semana inteiro. Não é pecado desencanar um pouco, deixar as crianças sob os cuidados de outra pessoa e NÃO ligar o dia inteiro. Parece impossível, mas não é pecado! E você, já pensou nisso? ps: esta Mandala aí de cima eu fiz num desses fins de semana longe de tudo e de todos, literalmente tricotando com meu corpo e minha alma. Se interessou? Eu recomendo! Anota aí e corre fazer também (www.belmandalas.com).

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Eu te amo, mas vá para o seu quarto

Muito se tem falado sobre esse livro ultimamente e, apesar de não ter lido, esse título me diz muita coisa. Desde pequenos meus filhos dormem sozinhos no quarto deles (e não se preocupem, eles sempre foram muito amados, desejados, tiveram atenção e carinho, apesar de não dormirem de conchinha com a gente todos os dias). A questão é que eu criei meus filhos para que sentissem prazer em ter e curtir o cantinho deles, para que soubessem que quarto e a cama deles era um lugar para gostar de estar, para se sentir seguro além do colo da mãe. Estou contando isso porque hoje, às 9h30 da manhã, eu estava pela casa e ouvi a porta do quarto deles abrir e a do banheiro também. Depois de alguns minutos as portas voltaram a abir e, pasmem, a fechar novamente... Antes de atender ao impulso de sair correndo para o quarto deles e enche-los de beijos, vim escrever essa história para vcs (enquanto esperava para saber o que ia acontecer depois disso). Bom, os dois começaram a cochichar baixinho e ficaram no maior papo. Aí eu precisei intervir, abri a porta e pulei na cama com eles, toda orgulhosa dos meus mocinhos de 3 anos de idade. Moral da história: por aqui todo mundo se ama, apesar das brigas normais de todos os dias, mas eles também gostam do quartinho e da privacidadezinha deles...Oummmm.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Anarquia já!

O real objetivo da vida é ser feliz, certo? E o que é ser feliz? Para mim, ser feliz é ter qualidade de vida, é estar bem no aqui e agora, é não brigar e reclamar o tempo todo (as pessoas não vão mudar, quem tem que mudar o jeito de reagir a elas é você) e, principalmente, não brigar com os filhos o tempo todo. Em casa de múltiplos as brigas também são dobradas. É mãe brigando com filha, é filha brigando com filho, é filho brigando com mãe e se a gente não se policia, a vida acaba virando um inferno. Você gosta dos seus filhos? Então divirta-se com eles! Relaxe um pouco, quebre algumas regras de vez em quando. A rotiva tem e deve existir, mas também tem e deve ser quebrada às vezes. Isso deixa a vida mais leve e todo mundo fica mais feliz! Afinal, não é isso que queremos? E você, quebra as regras de vez em quando?

terça-feira, 19 de junho de 2012

Daniela Tófoli, diretora de redação da revista Crescer, fala para o blog Mãe de Gêmeos

Na semana passada tive o prazer de conhecer pessoalmente a Daniela Tófoli, diretora de redação da revista Crescer, meu livro de cabeceira há 3 anos. E é claro que não perdi a oportunidade de perguntar para ela algumas das nossas principais dúvidas. A Daniela, além de ótima profissional, é uma pessoa muito simpática também, e nos deu ótimas dicas. Leia aqui! MG: Você é diretora de redação de uma das mais importantes revistas brasileiras no segmento infantil. Na sua opinião, quais os maiores desafios das mães hj em dia? DANIELA: O principal desafio é dar conta de tudo: trabalho, casa, marido, ela mesma e, o mais importante, as crianças. Mesmo as mães que não trabalham fora se veem sobrecarregadas e, quanto mais querem ser perfeitas, mais se sentem culpadas. Não raro o que a maioria das mães deseja, além de que o filho tenha saúde e seja feliz, claro, é ter mais tempo! MG: Vc acredita que a "famosa" culpa de Mãe pode ser extinta algum dia? Tem alguma dica? DANIELA: Acho que não porque nunca vamos nos achar suficientemente boas, mas acredito que ela possa ser bastante minimizada. A partir do momento que você faz o melhor para o seu filho - que não quer dizer fazer tudo por ele - esta culpa diminui. Enquanto mãe tento coniliar todos os lados mas com a consciência de que, em uma semana, vou dar mais atemção ao trabalho, por exemplo; em outra, ao marido; na seguinte vou cuidar de mim e assim vai. Agora as crianças são sempre prioridade, mas isso não significa exclusividade. Não é porque temos filhos que devemos deixar de ser mulheres, esposas, filhas, amigas... MG: Vc acredita que as crianças de hoje são mais "espertas" do que as de antigamente, como algumas pessoas dizem? Por que? DANIELA: Acho que elas têm mais estímulos e pais mais bem informados, mas por outro lado elas são mais inocentes, mais superprotegidas. São, por exemplo, craques com as novas tecnologias desde pequenas, mas também são mais "bobas" para lidar com situações como atravessar a rua. MG: Vc participou recentemente de um seminário promovido por uma grande empresa de brinquedos que discutiu a importancia da informação para o desenvolvimento infantil. Na sua opinião, qual o maior aliado dos pais na criação dos filhos? DANIELA: O bom senso! Criar filhos é um exercício diário, temos que fazer escolhas, ser insistentes, ter paciência, carinho e muito amor. É um privilégio poder educar uma criança e o mais importante também é estarmeos abertos para aprender com elas e melhorarmos como seres humanos. A informação, claro, nos ajuda muito e acho que também a leveza como devemos conduzir a nossa rotina. Precisamos curtir mais os nossos filhos, nos divertir com eles, brincar, dançar, fantasiar, e não nos preocupar demais com "estou fazendo isso", "estou fazendo aquilo". MG: Vc percebeu algum aumento no número de mulheres que tenham largado a carreira para se dedicar dos filhos? Ao contrário do que acontecia há 20 ou 30 anos ? DANIELA: A gente sabe, por causa de emais que recebemos, que há muitas mulheres buscando alternativas, jornadas menores, home-office, mas ainda é um movimento menor do que em outros países. MG: Pela sua experiência na revista, vc acha que as mulheres ficam mais satisfeitas quando optam pela baba, pela vovó ou pela escolinha? DANIELA: É muito variada essa escolha e muito pessoal. Não temos uma medida. Depende de como a avó se relaciona com a família, quem é a babá ou como é a escola. Acreditamos que o importante é a criança estar feliz e os pais, seguros. Eu, por exemplo, não tinha uma pessoa de confiança e optei pela escola. Helena adora! E eu confio muito nela. O mais importante, aqui, é a mãe e o pai terem a consciência de que seja quem for, não basta ser um cuidador. A avó vai dar afeto, a babá vai dar atenção, a escola vai estimular a convivência em grupo, são ganhos diferentes e importantes. E só um alerta: a escola de educação infantil não pode ser apenas um lugar para seu filho ficar. Essa será, certamente, a escola mais importante do seu filho, muito mais do que a universidade e, por isso, essa escolha deve ser cuidadosa. MG: Na sua opinião, qual a melhor parte da maternidade? E a mais difícil? DANIELA: A mais difícil é lidar com a questão do tempo, de tentar fazer tudo e as 24 horas serem insuficientes. A melhor, sem dúvida, é a gente ganhar aquele sorriso lindo toda manhã, aquele abraço apertado quando vai buscar na escola, aquele carinho gostoso quando coloca na cama... É uma relação de amor, confiança e cumplicidade que vale cada segundo dos nossos dias. MG: Deixe um recado para as nossas mamães leitoras? Acho que um recado importante é que cada mãe possa ter a consciência de que ela faz o que existe de melhor para o seu filho, dentro de suas possibilidades. E que, por isso, ele é feliz e tão especial. Que cada mãe possa curtir seu filho com o que tem de melhor, sabendo que educar dá trabalho, mas que a recompensa é diária e gratificante. Só as mães sabem como é bom ficar acordada de madrugada preparando o material escolar, o quanto vale fazer aquele bolo que o filho adora em um domingo que a gente tem vontade de dormir até tarde ou como é maravilhoso trocar aquele livro preferido pelos contos de fadas, ainda que seja a milésima vez que você o lê! DANIELA TÓFOLI é jornalista, mãe da Helena, de 3 anos, madrasta do Eduardo, de 10 e atualmente dirige a redação da revista Crescer.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Aprendendo com eles

Post em homenagem ao Dia dos Namorados... Meu filho de 3 anos disse que está namorando uma amiga minha. Eu pergunto: por que você está namorando a tia Fulana, filho? Ele responde: porque ela é muuuuito linda, mamãe! Moral da história: aprenda a controlar o seu ciúme desde já, porque daqui há 10 anos essa conversa vai ser pra valer...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Por que surtamos?

Sabe aquela hora em que a sua falta de paciência se encontra com a falta de paciência do(s) seu(s) filho(s)? Brigas, gritos, choros, reclamações e....arrependimentos maternos. Uma vez uma coach me disse que quando há o arrependimento é porque o primeiro passo para a resolução do problema já foi dado (ou para a busca dela, pelo menos). Verdade. De nada adianta ficar arrependida depois que já fez (e isso é para tudo na vida). Se já sabe que vai se arrepender, então NÃO FAÇA. E como fazer para não fazer? Requer um pouquinho de habilidade, mas por um filho somos capaz de tudo, não é mesmo? Eu pelo menos tenho testado a seguinte tática: a menina está gritando em hora, local e por motivo inapropriados. Como agir depois de cinco minutos de conversa em vão? Surtar? Beliscar? Bater? Sair andando e largar a criança? Pois é, apesar de sentirmos vontade de fazer isso às vezes (e não minta, você já sentiu essa vontade também) tento parar, respirar fundo, me acalmar (ter sangue frio mesmo) e lembrar que o adulto da relação SOU EU. Então penso: amiga, vai lá e resolve, e de uma maneira que não vai se arrepender depois. Mas COMO???? Vem uma voz do meu subconsciente...sei lá, dá um jeito, muda a tática, abraça, desvia a atenção, finja uma dor de dente, lembre de alguma coisa do passado, se vira, foi você quem fez, agora conserta! Esse tipo de pensamento faz com que eu tenha de volta o controle da situação, afinal, quem é o adulto da relação mesmo? Quem tem que ensinar o que pra quem? Então me apego nisso e vou em frente. E por falar em ensinar, muita gente diz que aprendeu muita coisa com o filho. E eu concordo. Vamos imaginar a situação do SURTO: você está prestes a surtar, mas não quer fazer isso porque 1) não vai adiantar, 2) não quer dar esse exemplo para a criança, 3) você quer ser uma pessoa melhor por você e pelo seu filho. Bingo! Você acaba achando uma saída. Seu cérebro começa a se coçar e a fazer novas sinapses para você encontrar a melhor maneira de resolver aquele problema. Pronto, seu filho te ensinou a pensar mais para ser uma pessoa melhor. Verdade ou mentira? E você, o que faz para não surtar?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

As pérolas da Manuela

Saindo de casa... Manuela: Mamãe, hoje eu vou usar minha sapatilha de frango! Mãe: Oi? Tradução: Sapatilha que tem estampa de "oncinha" na palmilha. Ah, tá! Andando na praia... Manuela: Mamãe, vem aqui pelo ladrilho! Mãe: Oi? Tradução: na trilha! Lógico! Brava com a prima... Manuela: Essa menina é uma vela! Mãe: Oi? Seria uma mala? Manuela: Isso mesmo! ...essa eu matei na mosca!! E quais são as pérolas dos seus filhos?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Solteira e sem filhos

Com as crianças na vovó a casa fica uma tranquilidade, não é mesmo? Mas e quando o marido viaja a trabalho na mesma época? Bom, aí a casa fica vazia mesmo, como nos velhos tempos. Fica vazia de uma maneira que a gente nem imaginava ser possível. E acordar sozinha? Bem, essa é boa, eu gosto de acordar tranquila. Mas e dormir sozinha? Confesso que de tão calma que estava a casa acabou batendo um medinho e, consequência: insônia (bem no dia que podia dormir esparramada no meio da cama? sacanagem...). Mas o saldo foi muito positivo. É bom ter um tempo "extra" para ser você, fazer as suas coisas, no seu ritmo. O que foi que eu fiz? Bom, eu trabalhei gostosamente o dia inteiro e recebi (essa foi surpresa) a visita de uma amiga muito querida no fim da tarde, com quem tomei um vinhozinho (em plena quarta-feira!) e conversei muito (sem interrupções, choros de criança, brigas entre irmãos e coisas do tipo). À noite fui assistir a uma palestra (sobre criação de filhos - haha), mas dessa vez não tive muita pressa para vir embora e pude ficar até o final, dirigindo para casa calmamente, apreciando a cidade àquela hora da noite (a Rebouças sem trânsito por exemplo foi uma experiência incrível). E o resto vcs já sabem...fiquei no computador mais um pouco e depois, insônia até às 4h!! Será que foi meu EU interior me assustando pra que eu não gostasse demais dessa vida e a desejasse pra sempre??? Pode ser... Hoje vou buscar as crianças, estou com muuuuitas saudades. A vida de solteira sem filhos é boa sim, mas por um dia só e de vez em quando... Ah, e meu marido? Esse voltou no dia seguinte. Sou louca de deixá-lo longe a semana inteira? E você, já teve pelo menos suas 24 horas de folga? Como foi?