sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Sugestão de leitura para mamães e gestantes: Não ensine a criança adoecer




Livro: Não ensine a criança adoecer
Autor: Américo Marques Canhoto
Editora: ebm


Nesse livro o autor afirma que grande parte de nossas doenças é fruto de aprendizado.

Aprendemos a adoecer como aprendemos a falar, a escrever, a andar...

Se você está saudável ninguém te valoriza, todos te cobram até além das obrigações. Mas quando fica “dodói” tudo é permitido e você se sente mais amado.

A doença aprendida:
Nos primeiros anos, o subconsciente tem o comando quase absoluto da existência e, tal e qual um scanner de computador, copia e absorve padrões externos e os manifesta quando solicitado.
Para ilustrar a forca desse mecanismo basta verificar que filhos adotivos, depois de alguns anos, assumem as feições dos que o adotaram. E casais que conviveram muitos anos juntos passam a ficar muito parecidos, como se fossem irmãos.

O subconsciente entende que ficar doente é uma delicia quando ouve:
-       Tadinho do neném, está doentinho...
-       Está dodói, neném??
-       Quer que a mamãe de alguma coisa pra você?
-       Cadê o filhotinho do papai?
-       Hoje você não vai para a escola

Alguns, toda vez que a criança adoece, chegam em casa com presentinhos. Regras são quebradas e o dever não precisa ser cumprido.
Assim a criança entende que adoecer é muito bom.
Na nossa cultura, a saúde não é importante até que se perca.

Esse tipo de crença induz as pessoas a tentarem aproveitar a vida segundo o gozo dos sentidos e a usar e abusar de todos os tipos possíveis de prazeres – enquanto se tem saúde – apressando a chegada da doença.

Ou então, as pessoas ficam tão preocupadas em arranjar recursos para comprar a cura se vierem a ficar doentes, que acabam adoecendo com a ajuda dos excessos e do estresse para provisionar o futuro com uma segurança ilusória.


Necessidade de integrar corpo e mente:
O organismo do doente tenta se ajustar eliminando a fome, mas o sistema de crenças o força a comer para alcançar uma cura mais rápida, mas com isso demora mais a se restabelecer.

Tendências e predisposições:
De certa forma, já nascemos potencialmente doentes. Trazemos um conjunto de tendências e de predisposições para adoecer que podem se transformar em realidade ou não, depende da ação do meio ambiente sobre a pessoa, da sua personalidade, de seu temperamento e da qualidade de suas escolhas.

A consciência de ser pai ou mãe:
Quem deseja planejar ter filhos deve preparar-se para tal tarefa. Tem que questionar os motivos que o levam a desejar. Necessita de algum conhecimento de anatomia e desenvolvimento da criança, de noções básicas de psicologia. Boa vontade em aprender para adquirir a consciência de ser pai ou mãe. Isso é logico e é o mínimo que se espera. Porem, quantos candidatos a pais cumprem esses requisitos mínimos??
Planejar um filho é prepara-se continuamente para uma tarefa sem fim. Todo mundo sabe quando começa, mas ninguém sabe quando termina.
A responsabilidade dos pais sobre os filhos vai além do que nossa imaginação possa alcançar. É preciso ressaltar que responsabilidade não é obrigação, é opção, e envolve o conceito de maturidade psicológica e amor.

Quem almeja realmente ajudar de forma ativa na educação de seus filhos não pode furtar-se à observação e ao estudo, não necessariamente em livros apenas, mas nas mínimas ocorrências do dia-a-dia.

Precisamos nos reeducar para oferecer uma educação de melhor padrão de qualidade do que a recebida. Se nos posicionarmos de forma sempre passiva cada um dará apenas o que recebeu.

Na verdade não educamos, apenas complicamos ou facilitamos para que as crianças se auto eduquem. Mas, para isso é preciso permitir que aprendam.

Respeitar a criança:
O tempo todo nós desconsideramos a criança nas mais simples atitudes do dia-a-dia. Só para ilustrar, costumamos “fazer seu prato” na hora da refeição.
Devemos supervisionar-lhe o desenvolvimento, fornecendo-lhe as orientações e os exemplos necessários para que se capacite a gerenciar a própria vida e a criar de forma consciente seu destino.
Considerar a criança não é fazer-lhe todas as vontades e caprichos. É sentir-se responsável por ela.

Maus hábitos em saúde:
-       alimentar a criança durante o sono (além de aumentar a possibilidade de refluxo ainda prejudica a dentição).
-       Reforçar a alimentação noturna cria distúrbios metabólicos, digestivos e alterações no padrão do sono.
-       Uso de alimentos e bebidas com estimulantes, como a cafeína e a teína,
-       Adoçar a alimentação
-       Ingestão de bebidas gasosas. Habituar a ingerir liquido durante as refeições.
-       Não mastigar os alimentos de forma correta
-       Premiar a criança pelo fato de comer ou usar de chantagem para que se alimente.


Vícios sociais:
Na maior parte da vezes, quando as pessoas se reúnem é para comer, beber, falar mala dos outros ou jogar conversa fora. Mesmo o que se chama de lazer pode ser altamente lesivo à saúde.

O consumo de cigarros, bebidas, medicamentos, drogas... é aprendido na vida em família e nas relações sociais.

Carência afetiva:
A criança mal-amada ou a que não recebe demonstrações de carinho físico ou verbal adoece mais do que as outras. Comprar tudo que a criança deseja não substitui o verdadeiro afeto, que é troca de energia.

Soberania emocional:
Desenvolver a arte da serenidade é aprendizado. As crianças que se desenvolvem em ambientes onde as reações emocionais são mais elaboradas, desenvolvem uma capacidade de soberania emocional que as ajudara a manter mais qualidade de vida e saúde. Pois a falta de controle das emoções é fator capaz de provocar doenças intimas e de transmissão de uns para outros.


A prevenção mais eficaz contra o sofrimento na infância é a educação para a vida. Temos o direito e a liberdade de fazer tudo o nós quisermos, desde que estejamos dispostos a pagar o preço. E a criança deve compreender isso bem cedo.