quarta-feira, 23 de junho de 2010
Lá em Casa: Geração Purpurina
Confira a entrevista com Gabriel Taverna, coordenador do projeto Purpurina, que auxilia jovens gays em São Paulo:
Nome completo:
Gabriel Ferreira Taverna
Idade:
19 anos
Estuda:
Completei o Ensino Médio Técnico de Hotelaria ano passado em um colégio particular (FECAP).
Tem irmão/irmã:
Tenho dois irmãos mais novos, um de 18 (Danilo) e outro de 14 (Renato), não tenho irmãs.
Quando percebeu pela primeira vez que gostava de meninos:
Quando um menino pediu pra ficar comigo aos 15 anos, eu aceitei e adorei, descobri do que realmente gostava. Antes eu sentia atração mas achava que era viagem minha. Como muitos por aí.
Tinha alguém próximo que tbm era gay para te apoiar:
Não. Eu me virei sozinho. Aprendi a lidar com a minha sexualidade pensando em como agir, o que falar e fazer em determinadas situações. Mas eu logo contei pros meus amigos e depois pra minha família.
Demorou quanto tempo para contar para sua família:
Menos de um ano depois que me descobri. Eu tinha 16 quando contei.
Como eles reagiram:
Meu irmão (Danilo) soube antes da minha mãe e tudo bem. Minha mãe não ficou brava, ficou triste porque ela me esperava que eu fosse um chefe de família tradicional. Mas com o tempo ela viu que não precisava ser assim.
Por que resolveu contar:
Nunca tivemos mentiras em casa e eu não queria levar um vida dupla, como acontece com muitos até hoje. Tem gente que casa, tem filhos e depois de muito tempo, ou não, morre infeliz por que não era verdadeiro com nada a sua volta. Eu não queria ser assim, e não aconselho ninguém. Dói muito, é dificil, tem rejeição TEM! Mas isso passa, a felicidade que dá tirar esse "peso das costas" não passa, e junto vem o orgulho, a força. Eu faria tudo de novo.
Tinha amigos gays que já tinham contado pra família, antes de vc contar:
Não. Eu só conheci meus amigos gays bem depois de me assumir, andei e ando muito com heteros até hoje. Eu era gay em um meio totalmente hetero antes e era super tranquilo, para ambas as partes.
Vc e sua família já tinham conversado sobre o assunto antes:
Não. Mas sempre comentavam com a minha mãe que eu tinha um "jeitinho" e etc. mas mãe nunca vê essas coisas, ou melhor, vê mas finge que não.
Quais as diferenças (em vc, na família e nos amigos) que vc percebe entre a época que não tinha contado e agora:
Toda diferença. Hoje falo com minha mãe sobre relacionamentos , o que antes eu não falava até porque não os tinha. Não minto quando vou para uma balada. Mas a maior diferença é dentro de mim. Eu sou feliz. Eu passei a ser verdadeiro comigo e com todos depois de me assumir, me faz muito bem =]
VC acha que hj em dia as pessoas são mais tolerantes:
Ainda tem muita intolerância, digamos que o modo de pensar da sociedade melhorou mas tem mais o que progredir. Falando de mim: o máximo de homofobia que sofri foram gritos na rua, dedos apontando e brincadeiras no colégio SÓ. Não sei se é pelo meu jeito desencanado ou não. Quando alguém "zoa" comigo eu dou risada junto (é meio que uma estratégia), aí a pessoa fica sem graça e desiste. Sei lá. Sou maduro o bastante pra entender que tem gente preconceituosa e ás vezes nem é culpa dela, é do meio, é por serem influenciáveis, por falta de informação... enfim N fatores.
Vc acha que sua geração se preocupa menos com o que os outros pensam e por isso estão mais resolvidos:
Acho que sim. Digo isso por que eu não me preocupo nem um pouco com o que vão dizer ou pensar sobre mim. Se eu estiver me sentindo bem... ^^
Depois da matéria da revista Veja (12/5/2010), sua vida mudou:
Mudou sim, teve o programa Boa Tarde da Silvia Popovic, na BAND, o Top Five do CQC, esse convite seu para participar do Lá em Casa, na AllTV...
Mas pelo que eu percebi mudou mais a vida de quem leu, do que a minha que apareceu... Eu ajudei muita gente através de MSN, orkut e twitter depois de ir pra mídia. Sem falar nos jovens que me pegaram de exemplo e já se assumiram. Inclusive sou coordenador de um projeto para jovens LGBT's, o Projeto Purpurina da Edith Modesto. Eu fiquei, e fico, muito feliz em poder ser um exemplo para jovens LGBT's e também de mostrar para as famílias em casa que é o mesmo filho/sobrinho/neto/irmão que você viu crescer e criou que assume ter essa condição sexual, ele não mudou! Apenas descobriu mais uma característica dele, como qualquer outra. Quero e vou ajudar sempre que tiver a oportunidade.
Link para assistir a entrevista que foi ao ar na AllTV, em 22/6/2010:
http://www.alltv.com.br/ondemand.php?idond=6527
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bacanérrima entrevista e abordagem do assunto!
ResponderExcluirparabéns!!!!
selinho pra vc lá no blog, ok????
bjo bjo
carol
http://viajandonamaternidade.blogspot.com
Oi Vanessa...
ResponderExcluirPrimeuri muito obrigada pela sua visitinha lá no meu blog...sempre gosto de conhecer novas amigas!!
Menina...que matéria MARA...eu sou mãe de uma menino...e sempre é bom a gente estar antenada no que acontece a nossa volta...e ter sempre esclarecimento e entendimento!!!
ADOREI a matéria!!
BJS...
Oi querida que bom mais uma amiga no meu cantinho !!! Seja bem vinda e obrigado pela torcida !!!! bjssss ja estou seguindo vc !
ResponderExcluirParabens adorei a materia. Não sou nem contra nem a favor. Acho que toda a gente tem o direito de ser como se sente mais feliz! Infelizmente existe ainda muito preconceito, ainda bem que existe gente como vc para nos mostrar entrevistas assim tao bacanas!
ResponderExcluirBJS e continue assim!
Ola Vanessa que honra ter sua visita no meu blog..adoreei..e vou te seguir
ResponderExcluirNossa lindooos seus filhos..lindoos..
To vendo q aprederei mto com vc aqui
Vou te seguir
bjinhuuus