segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Maternidade Consciente



Quem deseja planejar ter filhos deve preparar-se para tal tarefa. Tem que questionar os motivos que o levam a desejar. Planejar um filho é prepara-se continuamente para uma tarefa sem fim. Todo mundo sabe quando começa, mas ninguém sabe quando termina.

A responsabilidade dos pais sobre os filhos vai além do que nossa imaginação possa alcançar. E responsabilidade não é obrigação, é opção, e envolve o conceito de maturidade psicológica e amor.


O respeito à criança:
Devemos supervisionar o desenvolvimento dos nosso filhos, fornecendo-lhes as orientações e os exemplos necessários para que se capacitem a gerenciar a própria vida e a criar de forma consciente seu destino.

Respeitar a criança não é fazer-lhe todas as vontades e caprichos. É sentir-se responsável por ela.


Sugestão de leitura:

-        O que esperar quando você esta esperando, Heidi Murkoff, Arlene Eisenberg e Sandee Hathaway
-        Gestação: um brinde à vida, Placida Shurig Fernandes
-        Bebê a bordo, Dr. Flavio Garcia de Oliveira
-        A maternidade e o encontro com a própria sombra, Laura Gutman,
-        Crianças Índigo, Lee Carroll, Jan Tober
-        Vida de equilibrista, Cecilia Russo Troiano,
-        As crianças aprendem o que vivenciam, Dorothy Law Nolte, Rachel Harris
-        Socorro, eu não sei amamentar! Grasielly Mariano
-        Coração de Pai, Jose Ruy Gandra,
-        É possível educar sem palmadas?, Luciana Maria Caetano
-        Enfim, grávidos! Hamilton dos Santos
-        O poeta e o passarinho, Ricardo Viveiros
-        Em família, Jairo Avellar
-        Não ensine a criança a adoecer, Américo Marques Canhoto

Dez direitos naturais das crianças




1.Direito ao ócio. Toda criança tem direito de viver momentos de tempo não programados pelos adultos.
2. Direito de sujar-se. Toda criança tem o direito de brincar com a terra, com a areia, com a água, com a lama, com as pedras.
3. Direito aos sentidos. Toda criança tem direito de sentir os gostos e os perfumes oferecidos pela natureza.
4. Direito ao diálogo. Toda criança tem o direito de falar sem ser interrompida, de ser levada a sério nas suas ideias, de ter explicações para as suas dúvidas e de escutar uma fala mansa, sem gritos.
5. Direito ao uso das mãos. Toda criança tem o direito de pregar pregos, de cortar e raspar a madeira, de lixar, colar, modelar o barro, amarrar barbantes de cordas, de acender o fogo.
6. Direito a um bom início. Toda criança tem o direito de comer alimentos sãos desde o nascimento, de beber água limpa e respirar ar puro.
7. Direito à rua. Toda criança tem o direito de brincar na rua e na praça e de andar livremente pelos caminhos sem medo de ser atropelada por motoristas que pensam que as vias lhes pertencem.
8. Direito à natureza selvagem. Toda criança tem o direito de construir uma cabana nos bosques, de ter um arbusto onde se esconder e árvores nas quais subir.
9. Direito ao silêncio. Toda criança tem o direito de escutar o rumor do vento, o canto dos pássaros, o murmúrio das águas.
10. Direito à poesia. Toda criança tem o direito de ver o sol nascer e se por e de ver as estrelas e a lua.
"E eu pedi às crianças licença para acrescentar o décimo primeiro direito":
11. Todo adulto tem o direito de ser criança


Rubem Alves

O que é um menino?



Os meninos vêm em tamanhos, pesos e cores variadas. As mães naturalmente os adoram, as meninas os detestam e o céu os protege.
Os meninos têm o apetite de um cavalo, a energia de uma bomba atômica, a curiosidade de um gato, a imaginação de Júlio Verne, o entusiasmo de um líder.
Adoram doces, canivetes, serras, novidades, historias em quadrinhos, a água (menos no banho), o papai, trens, domingos de manhã e carros de bombeiro.
Não há ninguém como eles para manter num só bolso um canivete enferrujado, uma fruta pela metade,
um pedaço de cordão, um saco de pano vazio, dois bombons, um pedaço de algo desconhecido e um autentico anel supersônico de plástico.
Um menino é uma criatura mágica. Você pode fechar-lhe a porta do quarto, mas não a do seu coração. Pode expulsá-lo de seu escritório mas não do seu pensamento. 
Todo o poder do mundo a ele se rende. Ele é nosso amo e chefe, ele é uma pessoinha bagunceira e barulhenta que quando te olha nos olhos te faz lembrar que tudo valeu a pena.

O que é uma menina?





Para se fazer uma menina, toma-se uma xícara de felicidade, dois botões amarelos, pétalas de rosas, um pouco de glacê, um punhadinho de areia, três conchinhas do mar, uma colherada de imaginação. Pode acrescentar também um pouquinho de sal e pimenta e muito açúcar e mel, uma casquinha de sorvete, o dengo de um gatinho novo e lantejoulas a gosto.
É importante acrescentar uma borboleta azul, muita inocência e um dedinho com band-aind (das princesas, de preferencia).
Recolha com cuidado uma gotinha de orvalho, o brilho de uma jóia  todos os matizes de um quadro de Renoir, uma pitada de sonho e muito carinho.
Misture um pouco daquela brisa do mar, uma colherinha de luz das estrelas, um sorriso inesperado, o barulho das ondas na praia e deixe tudo ao luar.
Acrescente muita ternura e amor, um pouco de teimosia e muita curiosidade, uma lágrima e uma pinta de joaninha.
É assim que são feitas as meninas, essas coisinhas mais lindas que existem no mundo. Frágeis e fortes ao mesmo tempo, capazes de convencem o mais duro dos corações com apenas um sorriso.

Uma menina parece que nasce sabendo que terá a responsabilidade de alegrar, suavizar e colorir as nossas vidas...